RJ: Número de mortos na região serrana já passa de 700
Nova Friburgo já registrou 335 vítimas; Teresópolis, 285
Do R7
O número de mortos em decorrência das chuvas que devastaram a região serrana do Estado do Rio de Janeiro já chega a 710, de acordo com informações da Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil, prefeituras e Polícia Civil. Nova Friburgo continua sendo a cidade mais castigada, com 335 mortos, de acordo com os últimos números divulgados pela Polícia Civil. Em Teresópolis, foram encontrados 285 corpos; em Petrópolis, 62; e em Sumidouro 21. Em São José do Vale do Rio Preto, foram achados seis corpos, de acordo com a prefeitura local. Em Bom Jardim, foi computada uma morte. Já a quantidade de desalojados e desabrigados passa de 14 mil. Em Petrópolis são 6.400; em Nova Friburgo, 5.190; em Teresópolis, 3.000; e em Sumidouro, 500. Outros municípios, como Areal e São José do Vale do Rio Preto, também sofreram com as chuvas, embora não haja um número oficial de desabrigados e desalojados. Tragédia das chuvas O forte temporal que atingiu o Estado do Rio de Janeiro dia 11 deixou centenas de mortos e milhares de sobreviventes desabrigados e desalojados, principalmente na região serrana. Na sexta-feira (14), a presidente Dilma Rousseff liberou R$ 100 milhões para ações de socorro e assistência às vítimas. Além disso, o governo federal anunciou a antecipação do Bolsa Família para os 20 mil inscritos no programa nas cidades de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis. Empresas públicas e privadas, além de ONGs (Organizações Não Governamentais) e voluntários, também estão ajudando e recebem doações. Em visita à região de Itaipava, em Petrópolis, o governador Sérgio Cabral (PMDB) disse que ricos e pobres ocupavam irregularmente áreas de risco e que o ambiente foi prejudicado. - Está provado que houve ocupação irregular, tanto de baixa quanto de alta renda. Está provado também que houve dano da natureza. Isso não tem a ver com pobre ou rico.
As cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto foram as mais afetadas. Serviços como água, luz e telefone foram interrompidos, estradas foram interditadas, pontes caíram e bairros ficaram isolados. Equipes de resgate ainda enfrentam dificuldades para chegar a alguns locais.
Os corpos identificados e liberados pelo IML (Instituto Médico Legal) são enterrados em covas improvisadas. Hospitais continuam com muitos feridos. Médicos apelam por doação de sangue e remédios. Os próximos dias prometem ser de muito trabalho e expectativa pelo resgate de mais sobreviventes e localização de corpos.